A Terra da Chuva


A Terra da Chuva?

  É... "A Terra da Chuva"... Um lugar onde... Chove?
  Bom, isso foi mais uma brincadeira... Na verdade eu roubei essa idéia da Lariie, mas vou encarar esse projeto como uma coisa não tão grandiosa. A idéia é realmente criar um lugar novo, ou coisa parecida. Não penso agora em criar um "mundo", nem um lugar muito especial...  A princípio eu queria um lugar onde eu me sentisse bem e confortável; onde eu pudesse deitar e relaxar até dormir. Isso parece papo de doido né? Então... É isso mesmo.
  Esse post na verdade não é quase nada; é apenas um aviso e um pedido de desculpas, pois não tive como postar nada ontem,e hoje estou postando da casa da Paula-chan (iha! \o/). Então é isso aí! Por favor, não riam da minha cara quando lerem isso. Talvez seja um pouco tarde, mas não riam!



"A chuva"

  Começou há três anos. Até hoje a chuva cai, sem piedade; intensa e rigorosa. Assim que as coisas começaram a sumir, a chuva começou a cair. No início eram apenas pequenos objetos; coisas sem valor. Ninguém havia percebido que os dois fenômenos tinham realmente uma ligação.
  Onde as pessoas não falam; cantam. Onde tudo é cinzento e alegre. Ninguém reclama da chuva; gostam dela. Qualquer um é bem vindo aqui. Comida e bebida aguardam por todos, em casas pequenas e confortáveis. A musica não espera por ninguém; qualquer um pode ouvi-la ao longe. As histórias ainda são cantadas como antigamente e a chuva deixa tudo mais belo.
  Quem se importa que as coisas sumam? Todos são felizes e não há nada que falte à alguém. Tudo o que some é rapidamente reposto e ninguém se importa mais com isso. As luzes ainda são fortes e permanece suave. A comida é saborosa e a bebida quente. As casas são seguras e seus habitantes amáveis. Tudo é perfeito, em seu lugar, e nada pode abalar tal paz.
  Da Torre vem a luz que ilumina nossos lares e nos enche de alegria. Heróis ainda existem e rumores são verdade. Ainda se ouvem canções sobre os velhos mitos; grandes homens que se aventuraram além da montanha. Ninguém pode negar que eles realmente existiram, pois ainda existem. Jovens, encantados com as antigas lendas, partem para longe, a fim de poderem contar suas próprias histórias.
  Da torre vem a luz que aquece nossos corações; de lá vem a energia de que precisamos. Todos poderão dormir tranquilos, enquanto ele guardar o nosso sono. Ao acordar, todos devem voltar aos seu lugares, como sempre foi. Mas a noite não demora e logo poderemos nos divertir.


-Essa foi uma pequena amostra de como as pessoas levam a vida na Terra da Chuva, ou pelo menos uma parte dela. Realmente não ficou nada bom (estou fazendo milhares de coisas ao mesmo tempo, a Paula-chan sabe), mas acho que posso postar assim mesmo. Vou me despedindo por aqui. Qualquer hora eu posto mais da "Terra da Chuva".

  Ele voltou para cá há alguns dias apenas, sem a ninguém comunicar de seu retorno. Os vários forasteiros das Planícies do Norte que rondavam nossas terras já não estão mais aqui. Como que abrindo caminho, ele entrou na cidade, tomando de todos a atenção. Usava ainda seu belo terno cor de fumo, sem se importar com um notável rasgo em suas costas.
  A chuva parecia não afetar-lhe, e de fato, nem mesmo o atingia. Nada havia no mundo que pudesse ofuscar a luz que dele emanava. Um homem de grande imponência. Andava pelas ruas como um fantasma; um belo fantasma, por todos admirado. O cigarro em sua boca parecia apenas ignorar a água que do céu desabava, continuando a queimar. Parou à porta de sua mansão, abriu-a e foi-se casa adentro.
  É ele o nosso orgulho. A quem todos temem. A quem todos admiram. Todos conhecem sua história, e não se cansam de conta-la. Ainda há quem não goste dele - talvez por inveja -, mas ninguém há de negar seus grandiosos feitos. Alguns afirmam que ele já havia estado na Torre; outros dizem que ele mesmo a tinha construído. Mas, independentemente do que digam, ele é um herói; o maior deles.
  Filho do próprio Lifo, fundador da cidade que leva o mesmo nome de seu criador, ele é o nosso herdeiro. Hoje em dia, conhecemos esta cidade apenas como "A Terra da Chuva", talvez pelo fato de seus próprios habitantes terem esquecido o seu nome original. Como filho de Lifo, ele já tinha lá suas obrigações; defender a cidade era seu destino, desde o momento em que nasceu. Com o tempo, passou a ser chamado de "O Guardião do Sono". Todas as noites, lá estava ele, sempre vigilante em seu posto, guardando nossas almas como se dependesse delas.
  Depois que seu pai morreu, seguiu para as montanhas, como manda a tradição. Jurando voltar, deixou para trás uma linda mulher e seu casal de filhos. Muitos rumores sobre ele chegaram aos nossos ouvidos, alegrando nossos corações e alimentando nossas esperanças. Até que, poucos dias atrás, ele entra novamente pelas portas da cidade, do mesmo jeito que a havia deixado, cinco anos antes.
  Provavelmenteele já sabia sobre a chuva, que caía incessantemente sobre nós; talvez por isso tenha voltado. Muitos tem medo do que ele fará sobre o assunto. Nosso maior orgulho também é, para muitos, uma grande ameaça. "O que faria ele quando soubesse dos sumiços?", diziam eles.  Uns tantos temiam até que ele se revoltasse contra a Torre, exigindo explicações. De qualquer modo, o que vai acontecer agora, ninguém sabe. Desde que chegou à cidade ele  não arredou o pé de casa... Só nos resta esperar, e torcer para que nada de terrível aconteça novamente.
  

"O Desconhecido"



  Muitas terras se estendem depois de nossas fronteiras. Além dos bosques, montanhas e mares, estão as terras desconhecidas. Lugares belos, onde o sol ainda faz-se ver além das nuvens. Há de nosso povo quem retorne de terras distantes, contando belas histórias, sobre povos estranhos. Ouvindo sobre todas essas coisas que não podemos imaginar, só nos resta ver com nosso próprios olhos o que contam tantos dos nossos.
  Através dos campos brancos, dizem que se estende o mar... Tão belo quanto a própria chuva, banhando as praias do sul. Grandes navios atracam no ancoradouro da cidade de Flar, onde o comércio ainda é grande. Pessoas de todos os tipos andam pelas ruas, como se isso fosse normal... Talvez o seja, de fato; onde o sol ainda brilha. "Isso são apenas estórias", dizem muitos. Mas eu não acredito que são apenas fantasias; para mim, elas são reais.
  Dizem ainda que ao norte, além das montanhas, belos reinos existem, grandiosos em suas fortalezas. Onde o vento bate forte sobre os elmos de grandes heróis. Todos em fileira, a postos para a guerra. O som das cornetas faz-se ouvir em minha mente, fundindo-se com o barulho de tambores e dos cascos dos cavalos. Um silêncio depois da batalha se estende por um longo tempo... E logo depois, os gritos de vitória ecoam por todos os reinos. Posso ver os grandes heróis, marchando de volta para seus lordes; buscando o aconchego de suas casas. A glória recai sobre eles e uma grande festa se estende por todo o reino, em homenagem aos tantos guerreiros tombados em combate. Todos são lembrados com honra, e para sempre respeitados, por toda a eternidade.
  Eu só conheço a chuva... Nem ao menos consigo me lembrar de como vivíamos sem ela; por mais que só façam poucos anos... Ela nos prende aqui, e poucos libertam-se de seu encanto, tornando-se verdadeiros heróis das terras distantes. Ao retornarem, trazendo consigo as mais belas histórias, logo partem em busca de novas aventuras. Essa ilusão de felicidade já não está mais fazendo efeito sobre mim; a chuva não pode mais me manter aqui por muito tempo! Logo poderei viver minhas próprias aventuras; e então, cantarão canções sobre mim.


  

  Nada volta realmente, quando se vai por completo. Nada há de retornar para nós quando nos abandona uma vez. Mas nem tudo se vai completamente; nem tudo nos abandona de verdade....

  O som da multidão chegou aqui primeiro. As vozes estavam alegres, e muitos aplaudiam. Cornetas e tambores, e vozes anunciavam: nossa senhora já havia retornado. Não tive coragem de me dirigir à ela, apenas lancei-lhe um olhar frio, que ela não retribuiu da mesma maneira, mas com um brilho nos olhos que me acertou fundo a mente, causando-me uma sensação de alívio.
  Há muito tempo ela se fora, deixado para trás apenas lembranças, que se foram confundindo em minha mente com o passar dos anos. Mas foi disso que vivi por eras e eras. Lembranças e sentimentos nunca esquecidos. Mas agora ela havia voltado... Ela voltou, sim...
  Todas as minhas tantas lembranças me vieram à mente com  um único olhar. Tudo o que eu cuidava para não esquecer, mesmo sem precisar, estava agora em minha frente. Mas... O que isso realmente significa? Até hoje, vivi apenas das coisas boas; das coisas alegres. Mesmo as vezes, me lembrava do resto, caindo em desespero. Porém, agora, com as coisas boas e alegres, o resto havia retornado também.
  Será realmente boa a sua volta? O que isso mudará? Na verdade... Nada mudará.  Tudo irá continuar como antes. A chuva ainda cai. O peito ainda dói. O ar ainda falta, e não consigo mais respirar. Estou sufocado; sufocado em minhas próprias dores e dúvidas. A chuva esconde minhas lágrimas, mas por dentro eu ainda choro.


Realmente, não ficou bom, né? Eu to postando assim, de qualquer jeito, sem revisar mesmo. Não estou com muita vontade de ficar trabalhando nesse texto, que não tem ligação nenhuma com os outros e que não significa nada para vocês. Então é isso. Até!





"A Guarda"

  Logo vai amanhecer... Tudo voltará ao seu devido lugar, como sempre foi. Apesar de tudo, esta noite me parece um tanto longe: muito mais que o de costume. Sem poder fazer muito a respeito, ponho-me a compor mais uma daquelas minhas tantas poesias infantis, que de nada me servirão; nem a mim nem a ninguém, aliás...
  Apesar de não poder vê-lo, sei que o Sol está brilhando em algum lugar lá encima. Mas afinal, porque ainda penso nele? O mesmo Sol que queima; que traz a luz aos segredos: é o mesmo Sol que tenho em meus pensamentos. Encontrarei consolo apenas enquanto sob este grande manto gélido: a própria origem da minha melancolia.
  Talvez a falta de sono deva-se a estes tantos pensamentos, que há tempos vem invadido minha mente.
  Aí vem ele, finalmente. Aquele seu costumeiro casaco amarrotado lhe caía até depois dos joelhos, escondendo metade de sua bela calça, bordada de branco; o pescoço envolto por um cachecol  verde-musgo e o rosto encoberto pelo guarda-chuva.
  Acenou com a mãe, mas, distraído, acabei por não retribuir-lhe o cumprimento cordial.. Agora já posso ver seu rosto: tão jovem quanto o meu, mas capaz de transmitir-me uma segurança incrível. Talvez seus olhos.
  Apenas trocamos olhares. Após entregar meu posto a ele, sigo para casa, assim mesmo, sem guarda-chuva. Logo estarei encharcado; a água já me escorre pelos cabelos, descendo pelo meu rosto. Logo estarei em casa. Quem sou eu, afinal? Alguém que guarda o sono desta cidade.
  Já é dia, devo repousar.

Normalmente, é assim durante o mês inteiro, quando então, os postos são substituídos. Este era para ser um relato de um dos guardas noturnos de Lifo... Ou qualquer coisa assim e.e Pra quem percebeu a piadinha com uma certa carta de Magic, parabéns nerdão! kk' Já fazia BASTANTE tempo que eu não postava na chuva u_u Tirando o atraso XD Valeu \o/

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